terça-feira, 29 de março de 2011

Cabo Verde

Apartir de agora você irá conhecer mais sobre esse país africano, terra de ilhas e que também faz parte dos 8 países que têm a língua portuguesa como oficial.

Cabo Verde é um país insular africano, arquipélago de origem vulcânica, constituído por dez ilhas. Está localizado no Oceano Atlântico, a 640 km a oeste de Dacar, Senegal. Outros vizinhos são a Mauritânia, a Gâmbia e a Guiné-Bissau, ou seja, todos na faixa costeira ocidental da África que vai do Cabo Branco às ilhas Bijagós. Curiosamente, o Cabo Verde que dá nome ao país não se situa nele, mas a centenas de quilómetros a leste, no Senegal.

Foi descoberto em 1460 por Diogo Gomes ao serviço da coroa portuguesa, que encontrou as ilhas desabitadas e aparentemente sem indícios de anterior presença humana. Foi colónia de Portugal desde o século XV até à sua independência em 1975.

Capital: Praia
Línguas oficiais: português, crioulo (uma mistura de português e palavras do oeste africano)

Nome oficial: República do Cabo Verde


Descrição da bandeira: formada por cinco listras horizontais de diferentes tamanhos; a superior, azul, com metade da largura da bandeira, é seguida por três listras mais finas (branca, vermelha e branca), e mais uma listra azul, com 1/4 da largura da bandeira; centralizadas na listra vermelha, à esquerda, há dez estrelas amarelas de cinco pontas, formando um círculo, cada uma representando uma ilha


Brasão de Armas



  •  O prumo simboliza verticalidade e rectidão as quais constituem a "chave abóbada" da constituição cabo-verdiana.
  • O triângulo equilátero simboliza unidade, igualdade de direitos civis reconhecidos ao povo pelo sistema democrático.
  • O archote simboliza a liberdade conquistada após muitos anos de luta.
  • O mar simboliza nostalgia; Braço de água que envolve as ilhas; Inspiração dos poetas; sustento do povo; Território do país.
  • As palmas simbolizam a vitória conquistada na luta pela independência nacional, objectivo que animou o povo e foi o seu sustentáculo moral na caminhada difícil dos períodos de seca.
  • As estrelas representam as dez ilhas que formam o arquipélago de Cabo Verde.
Área: 4.033 km2

Coordenadas: 16 N, 24 W

Fronteiras: Cercado pelo Oceano Atlântico

História

Saiba tudo sobre o processo de colonização de Cabo Verde, feita pelos portugueses e um pouco mais sobre esse país africano desconhecido por muitos, más que também tem a língua em comum com a nossa.

A história refere que a descoberta de Cabo Verde se deu no século XV. A colonização portuguesa começou logo após a sua descoberta, sendo as primeiras ilhas a serem povoadas as de Santiago e Fogo. Para incentivar a colonização a corte portuguesa estabeleceu uma carta de privilégio aos moradores de Santiago do comércio de escravos na Costa da Guiné.

Em Ribeira Grande – Santiago - estabelece-se a primeira feitoria Foi estabelecida uma feitoria em Ribeira Grande - Ilha de Santiago, que serviu ponto de escala para os navios portugueses e para o tráfego e comercio de escravos que começava a crescer por essa época. Mais tarde, com a abolição da escravatura e com condições climáticas poucos favoráveis, devido à sua situação geográfica, o país começou a dar sinais de fragilidade e entrou em decadência tendo uma economia pobre e de subsistência. No século XX, a partir da década de 50, começam a surgir os movimentos libertação e independentistas um pouco por todo o continente africano. Cabo Verde vinculou-se à luta pela libertação da Guiné. 

A posição estratégica das ilhas nas rotas que ligavam Portugal ao Brasil e ao resto da África contribuíram para o fato dessas serem utilizadas como entreposto comercial e de aprovisionamento. Abolido o tráfico de escravos em 1876, o interesse comercial do arquipélago para a metrópole decresceu, só voltando a ter importância a partir da segunda metade do século XX. No entanto já tinham sido criadas as condições para o Cabo Verde de hoje: europeus e africanos uniram-se numa simbiose, criando um povo de características próprias. 

História de Cabo Verde 

Independência

Veja como deu-se o processo de independência de um dos países mais influentes do continente Africano.



As origens históricas nacionais da independência de Cabo Verde podem ser localizadas no final do século XIX início do XX. Não foi um processo linear nem unânime, mas já neste período a independência foi acenada. Surgindo como uma hipótese de solução extrema para os problemas ou das reivindicações da elite crioula. Esta que reclamava devido o desleixo ou negligência da metrópole em relação ao que se passava em Cabo Verde.

Com o processo de formação nacional, muito cedo a máquina administrativa foi sendo assegurada pelos nascidos em Cabo Verde, ou que já tinham grande identificação com a colônia, com exceção aos cargos elevados como, governadores, chefes militares etc., ainda reservados aos representantes da soberania de Portugal. Esta suposta “auto-suficiência” administrativa estava associada à sua relativa escolarização e à existência de uma imprensa mais ou menos dinâmica introduzida por Portugal em Cabo Verde, acabaram por contribuir para o surgimento de uma elite intelectual e burocrática nestas ilhas. Ainda em grau menor, esta elite entrou no século XX a discutir cada vez mais a questão da independência, gerando um clima de atrito com os representantes da metrópole. Os leitores que acompanhavam a imprensa oficial entendiam que se devia lutar pela independência ou, pelo menos, por uma autonomia honrosa.

A metrópole denominava os indígenas como mandriões, desleixados, indolentes, bêbados etc. Um exemplo de reação a isso, Eugénio Tavares escreve em 1912: “O indígena de Cabo Verde é Ativo e Trabalhador”. Esta rivalidade arrasta-se até a independência de Cabo Verde.
Em 1956 Amílcar Cabral, Aristides Pereira, Luís Cabral, entre outros jovens patriotas da hoje Guiné-Bissau e Cabo Verde, fundaram o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde) que surgiu no contexto do movimento libertador africano que ganhava força depois da Segunda Guerra Mundial. Onde formaram uma unidade popular para lutar contra o que chamavam de “deplorável política ultramarina portuguesa afirmando que as vítimas dessa política desejavam ver-se livres do domínio português”.

A 19 de Dezembro de 1974 foi assinado um acordo entre o PAIGC e Portugal, instaurando-se um governo de transição em Cabo Verde, Governo esse que preparou as eleições para uma Assembleia Nacional Popular. A 5 de Julho de 1975 proclamou-se a independência do país, considerado na altura após por muitos como um país inviável, devido às suas próprias fragilidades. Em 1991, o país conheceu uma viragem na vida política nacional, tendo realizado as primeiras eleições multipartidárias, instituindo uma democracia parlamentar. 


Proclamação de independência de Cabo Verde - 5 de Julho de 1975

Política

Tudo sobre eleição, modelo de governo e etc.

Cabo Verde é uma república democrática semipresidencialista (parlamentarismo mitigado), com regime multipartidário. O governo é baseado na constituição de 1980, que institui o regime de partido único, revista em 1990 para introduzir o multipartidarismo e em 1992 para ajustá-la na totalidade com os valores da democracia multipartidária.

As eleições são presidenciais (para eleger o Presidente da República) e legislativas (para eleger os deputados nacionais), que são eleitos para mandatos de cinco anos. O presidente do partido com maioria na Assembleia Nacional (Parlamento) é empossado como Primeiro-ministro. Apesar de ainda não haver ocorrido, há a possibilidade de o Presidente da República ser de um partido e o Primeiro-ministro de outro.

O Presidente da República, a Assembleia Nacional e o Conselho Superior da Magistratura Judiciária (esses também eleitos pela Assembleia Nacional) participam na eleição dos membros do Supremo Tribunal da Justiça.




A política em Cabo Verde 

 

Geografia

Cabo-Verde é um arquipélago localizado ao largo da costa da África Ocidental. As ilhas vulcânicas que o compõem são pequenas e montanhosas. Existe um vulcão ativo, na ilha do Fogo, que é igualmente o ponto mais elevado do arquipélago, com 2829 metros. O país é constituído por 10 ilhas, das quais 9 habitadas, e vários ilhéus desabitados. As ilhas estão divididas em dois grupos: ao norte, as ilhas de Barlavento. Relacionando de oeste para leste: Santo Antão, São Vicente, Santa Luzia (desabitada), São Nicolau, Sal e Boa Vista. Pertencem ainda ao grupo de Barlavento os ilhéus desabitados de Branco e Razo, situados entre Santa Luzia e São Nicolau, o ilhéu dos Pássaros, em frente à cidade de Mindelo, na ilha de São Vicente e os ilhéus Rabo de Junco, na costa da ilha do Sal e os ilhéus de Sal Rei e do Baluarte, na costa da ilha de Boa Vista; ao sul, as ilhas de Sotavento. Enumerando de leste para oeste: Maio, Santiago, Fogo e Brava. O ilhéu de Santa Maria, em frente à cidade de Praia, na Ilha de Santiago; o ilhéus Grande, Rombo, Baixo, de Cima, do Rei, Luiz Carneiro e o ilhéu Sapado, situados a cerca de 8 km da ilha Brava e o ilhéu da Areia, junto à costa dessa mesma ilha.

   As maiores ilhas são a de Santiago a sueste, onde se situa a capital do país, Praia e a ilha de Santo Antão, no extremo noroeste. Praia é também o principal aglomerado populacional do arquipélago seguido pelo Mindelo, na ilha de São Vicente.

Clima

 As ilhas de Cabo verde têm ligeiras diferenças de clima de acordo com o seu solo e localização. Porém, na generalidade é classificado como tropical seco com baixa umidade e uma temperatura média variando entre os 22ºC e 26ºC. A temperatura da água do mar à superfície varia entre os 22ºC e os 27ºC, criando um clima marítimo temperado. Existem duas estações; a estação seca entre Novembro e Julho, e uma comparativamente moderada estação úmida (comparada com a generalidade de África), com alguma chuva, entre Agosto e Outubro. 

Os meses mais quentes são Agosto, Setembro e Outubro, com 29 graus Celsius de média, enquanto que os mais frios são Janeiro e Fevereiro, com cerca de 23 graus de temperatura média. Abril, Maio e Junho são os meses mais secos do ano, enquanto que os mais chuvosos são Agosto e Setembro

segunda-feira, 28 de março de 2011

Vegetação e Animais



   A única espécie vegetal sobrevivente da época das descobertas é o dragoeiro, cuja maior concentração se situa em São Nicolau, Brava e Santo Antão. Têm sido levados a cabo programas para proteger as espécies endêmicas e de reflorestamento, com especial incidência na ilha de Maio, que tem atualmente o maior perímetro florestal do país. As principais espécies animais existentes são marinhas ou aves migratórias. Estima-se em 75 o número de espécies de aves raras que habitam, sobretudo, o ilhéus protegidos como reservas naturais. As tartarugas também são visitantes assíduas. No interior da ilha de Santiago existe uma pequena comunidade de babuínos.
            A pureza e temperatura da água, que varia entre os 21º e os 25º, associadas à existência de plataformas submarinas de corais, atraem uma fauna muito variada de espécies permanentes e migratórias. Os mariscos também são abundantes. Por outro lado, algumas praias do Sal, Boavista e Maio são hoje autênticos viveiros de tartarugas marinhas que as procuram na época da desova. 

Extensão e Relevo

O arquipélago de Cabo Verde tem uma área total de 4.033 km2. As águas territoriais de Cabo Verde ultrapassam os 600 mil km2, uma área muitíssimo superior à dimensão do arquipélago. É um potencial de riquezas inesgotável. As suas ilhas são de origem vulcânica e têm, por isso, o relevo muito acidentado e um aspecto ressequido e árido. 

Na maior parte das ilhas predominam as paisagens montanhosas no interior, praticamente despidas de vegetação, alternando com vales mais exuberantes, onde se pratica a agricultura.O litoral é escarpado e de aparência inacessível. As ilhas do Sal, Boa Vista e Maio constituem uma exceção à regra; são planas, com longas praias de areia fina e água verde-esmeralda.

Dados Demográficos

   
Os cabo-verdianos são descendentes de antigos escravos africanos e de brancos vindos principalmente de Portugal, sendo a população cabo-verdiana maioritariamente mestiça. A emigração faz parte da realidade do arquipélago, mais de metade da população cabo-verdiana vive fora do país.

  O crescimento demográfico em Cabo Verde tem sido relativamente acelerado. Em 1980 a população era de 295.703 habitantes, em 1990 chegava aos 341.491 e Cabo Verde já tinha em 2000 431.989 almas. Em 2009 a população de Cabo Verde já deve situar-se no meio milhão de habitantes pois as últimas estimativas do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) davam ao país 499.796 habitantes em 2008, numa proporção de 241.914 homens e 257.882 mulheres. Essa população é hoje mais urbana: 59,8% concentram-se nos meios urbanos, contra 40,24% que vivem no meio rural.

   A cidade da Praia, capital de Cabo Verde, tem em 2008 150.102 pessoas, São Vicente vem a seguir com 76.736, Santa Catarina com 46.081, Santa Cruz 28.500 e Tarrafal 21.826. A ilha de Santiago é a mais populosa do país, abrigando mais de metade da sua população. Em sentido oposto, encontramos os municípios de Santa Catarina do Fogo com 4.819 habitantes, Brava (6.359), Maio (7.807) e Paul (8.659) e a Boa Vista, que, no entanto duplicou a sua população nos últimos dois anos – em 2008 tem mais de 10 mil pessoas (estimativas do INE) quando em 2007 tinha 5.627 habitantes.

  Marcadamente jovem na sua estrutura etária – a média de idades ronda os 21 anos –, a população dos 0-4 anos constitui 11,9% da população, a dos 5-14 anos perfaz 23,53%; os entre 15 e 49 anos são 53,09%; dos 15 aos 64 anos representam 59,13%. A esperança média de vida, que em 1975 rondava os 63 anos, em 2008 chega aos 72,5 anos (68,5 para os homens; 76,3 para as mulheres).

Em 2006 os agregados familiares eram constituídos, em média, por 4,9 membros (5 no meio rural e 4,5 no meio urbano). Em 2008, o índice de fecundidade (filhos/mulher) foi de 2,88. A taxa de reprodução é de 1,4 e a idade média de fecundidade de 27,8 anos.

  • População: 426.998 (julho de 2008).
  • Taxa de natalidade: 23,95 nascimentos por 1.000 habitantes (2008).
  • Taxa de mortalidade: 6,26 mortes por 1.000 habitantes (2008).
  • Grupos étnicos: crioulo - mulato (71%), africano (28%), europeu (1%).
  • Principais religiões: católica romana (cheia de crenças indígenas), protestante (principalmente, a Igreja do Nazareno).
  • Línguas: português, crioulo (mistura de português e palavras do oeste africano).
  • Alfabetização: 76,6% (2003).

Meio ambiente


  • Porcentagem de área terrestre coberta por florestas: 20,7% (2005).
  • Emissão de dióxido de carbono (em milhares de toneladas métricas de CO2): 274 (2004).
  • Proporção da população que utiliza água tratada: 80% (2000).
  • Proporção da população que utiliza serviços de saneamento básico: 41% (2000).

Economia

Cabo verde é um estado arquipélago com uma economia subdesenvolvida e que sofre com uma carecia de alternativa de recursos e com o crescimento populacional. Os principais meios econômicos são a agricultura, a riqueza marinha do arquipélago, a prestação de serviços que corresponde a 80% do PIB, e mais recentemente o turismo que tem ganhado crescente relevância. As principais ilhas turísticas são a Ilha do Sal e a Ilha da Boa Vista.

A agricultura sofre com os constantes períodos de seca e carece de uma melhor infra-estrutura e modernização das técnicas agrícolas, os investimentos que atenderiam a essa necessidade seriam através de uma melhor educação dos cultivadores e da organização de um mercado de consumo dos produtos. Os produtos desta agricultura de sequeiro, com base na associação tradicional do milho e dos feijoeiros anuais, destinam-se basicamente ao mercado interno cabo-verdiano (embora não satisfaçam a procura, sendo indispensável uma importação maciça de alimentos). Também têm se introduzido novas culturas de produtos e plantas como legumes, frutas e hortaliças para a distribuição interna do mercado. Os principais produtos exportados são o café, a banana e a cana de açúcar que possuem mercados restritos e limitados.

No setor de pescas vem sendo implantado uma modernização dos meios artesanais e métodos tradicionais para um melhor aproveitamento desses recursos isso vendo sendo feito através do apoio de organismos especializados, porém a rentabilidade da pesca exige uma industrialização do pescado e a organização dos mercados para que seja escoada a produção.

Nos dias atuais o turismo tem se tornado uma importante fonte econômica para o país, o que dificulta é a questão estrutural. Cabo Verde necessita de um desenvolvimento das estradas, portos e aeroportos, de meios de comunicação rápidos e freqüentes além da criação de uma forte rede hoteleira que atenda a necessidade dos turistas.

Portugal tem fortemente cooperado e ajudado Cabo Verde a nível econômico e social, o que resultou na indexação de sua moeda, o escudo cabo-verdiano, ao Euro, e no crescimento de sua economia interna. O ex-primeiro-ministro de Portugal, José Durão Barroso, e Presidente da Comissão Européia no segundo semestre de 2004, prometeu integrar Cabo Verde à área de influência da União Européia, através de maior cooperação com Portugal.

A economia cabo-verdiana desenvolveu-se significativamente desde o final da última década, nos dias atuais esta transformação é sustentada por um vasto programa de infra-estrutura por parte do governo em domínios vitais como os transportes terrestres, os transportes marítimos, os transportes aéreos, as comunicações, entre outros. 

O país tem muitos emigrantes espalhados pelo mundo (com especial foco para EUA e Portugal) que contribuem com remessas financeiras significativas para o seu país de origem.

  • Indústrias: alimentos e bebidas, processamento de peixe, calçados e vestuário, mineração de sal, manutenção de navios.
  • Índice de desemprego: 21% (2000).
  • População abaixo da linha de pobreza: 30% (2000).
  • Exportação: combustível, calçados, vestuário, peixe, peles.
  • Importação: gêneros alimentícios, produtos industrializados, equipamentos de transporte, combustíveis.

Cultura

Artesanato
 O artesanato tem grande importância na cultura cabo-verdiana. A tecelagem e a cerâmica são artes muito apreciadas no país. Produzido como utensílio, como decoração, o artesanato do Cabo Verde é muito singular e é um verdadeiro instrumento de expressão da cultura popular. 

  Artesanato cabo-verdiano, separado por ilhas:

·         Santiago: olaria utilitária (vasos, vasilhas); bonecos de barro; cestaria; pano-de-terra; licores; peças decorativas em coco.
·         S. Vicente: fabricação de instrumentos de corda; peças de barro; objectos em pedra; bijouteria.
·         Fogo: peças decorativas feitas de lava; licores; vinho caseiro; compotas de frutas e geleias; queijo de cabra.
·         Brava: bordados
·         Santo Antão: grogue, licores, pontche, cestaria 
Boavista: olaria
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Literatura

A literatura cabo-verdiana é uma das mais ricas da África lusófona. O primeiro movimento poético cabo-verdiano eclodiu em 1890, não refletindo ainda, propriamente, sobre a identidade cabo-verdiana, mas como estrita derivação do gosto português. O movimento nasceu em São Nicolau, à época o centro intelectual de Cabo Verde. Este período, dito clássico, durou até 1930. O compositor e poeta Eugênio Tavares, que recriou e popularizou a morna, introduzindo as letras da música em crioulo, foi um ilustre representante desta corrente literária.

Em 1936 um novo movimento literário veio substituí-lo. Estava centrado na revista literária ‘Claridade’ e tinha como ponto de referência a cultura Crioula e as condições de vida da população. Baltazar Lopes, Jorge Barbosa e Manuel Lopes, três nomes fundamentais da literatura das ilhas, introduziram um novo estilo no labor poético, refletindo sobre o paradoxo que sempre atormentou o cabo-verdiano e que consiste no desejo de sair quando é forçado a ficar e no desejo de ficar quando é obrigado a partir...

Atualmente, os escritores cabo-verdianos estão ocupados em recriar o seu enraizamento africano. Entre eles destacam-se Germano de Almeida e Corsino Fortes.


Poetas

Sérgio Frusoni, Eugénio Tavares, B.Léza, João Cleofas Martins, Ovídio Martins, Jorge Barbosa, Corsino António Fortes, Baltasar Lopes da Silva (Osvaldo Alcântara), José Lopes, Pedro Cardoso, Manuel Lopes, António Nunes, Aguinaldo Fonseca, Teobaldo Virgínio, Gabriel Mariano, Ovídio Martins, Onésimo Silveira, João Vário (Timóteo Tio Tiofe), Oswaldo Osório, Arménio Vieira, Vadinho Velhinho, José Luís Tavares, Vera Duarte, Gabriel Mariano, Amílcar Cabral, Arthur Vieira, etc.

Escritores

Manuel Lopes, Germano Almeida, Luís Romano de Madeira Melo, Orlanda Amarílis, Jorge Vera Cruz Barbosa, Pedro Cardoso, José Lopes, Mário José Domingues, Daniel Filipe, Mário Alberto Fonseca de Almeida, Corsino António Fortes, Arnaldo Carlos de Vasconcelos França, António Aurélio Gonçalves, Aguinaldo Brito Fonseca, Ovídio de Sousa Martins, Henrique Teixeira de Sousa, Osvaldo Osório, Dulce Almada Duarte, Filinto Elísio, Manuel Veiga.

Música

Na música, há diversos gêneros musicais próprios, dos quais se destacam a morna, o funaná e a coladera. Cesária Évora é a cantora cabo-verdiana mais conhecida no mundo, conhecida como a "diva dos pés descalços", pois gosta de se apresentar no palco assim.

O sucesso internacional de Cesária Évora fez com que outros artistas caboverdeanos, ou descendentes de caboverdeanos nascidos em Portugal, ganhassem maior espaço no mercado musical. Exemplos disso são as cantoras Sara Tavares e Lura.

O povo caboverdeano é conhecido por sua musicalidade, bem expressa por manifestações populares como o Carnaval de Mindelo, cuja importância faz com que a cidade seja conhecida nos dias dos festejos momescos como "Brazilim" (ou "pequeno Brasil").

Negue - Cesária Évora 

 

Artes Plásticas

Só depois da independência em 1975 é que ocorreu o surgimento de alguns artistas no campo da pintura e escultura. Nessa primeira fase, todos os trabalhos pictóricos evidenciavam o grito da liberdade e a alegria da independência. Era o fim de séculos marcados pela escravatura e o colonialismo.


Atualmente, Cabo Verde se abriu para o resto do mundo. Seus artistas vão buscar influências, e até estudar, ao estrangeiro. Há uma certa globalização nas artes cabo-verdianas, mantendo-se, no entanto, certos sinais das raízes africanas, evidenciadas sobretudo na escolha das cores. Os artistas cabo-verdianos têm colocado seus trabalhos em muitas exposições, não só em seu próprio país, como também em Portugal e nos Estados Unidos.

Língua

A língua oficial é o português, usada nas escolas, na administração pública, na imprensa e nas publicações.

A língua nacional de Cabo Verde, a língua do povo, é o crioulo cabo-verdiano

Cabo Verde é formado por dez ilhas (nove habitadas) e cada ilha tem um crioulo diferente. O crioulo está oficialmente em processo de normalização e discute-se a sua adoção como segunda língua oficial, ao lado do português. O inglês e o francês são lecionados no Ensino Secundário.

Religião

A liberdade de religião é garantida pela Constituição e respeitada pelo governo. Há boas relações entre as diversas confissões religiosas.

Os cabo-verdianos são nominalmente de maioria Católica Romana (mais de 90%). Outras denominações cristãs também estão implantadas em Cabo Verde, com destaque para os protestantes da Igreja do Nazareno e da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Há pequenas minorias muçulmanas e da Fé Bahá'í. A Igreja Universal do Reino de Deus também tem seguidores em Cabo Verde.
Os rabelados são um pequeno grupo católico tradicionalista específico de Cabo Verde.
Embora não se trate de uma religião, a doutrina filosófica do Racionalismo Cristão, com origem no Brasil, tem também adeptos em Cabo Verde, nomeadamente em São Vicente e na Cidade da Praia.